O Sistema ETAPA Público possibilita, aos alunos das escolas públicas parceiras, a oportunidade de ampliar suas escolhas, abrindo portas para a concretização de seus sonhos.
O Dia da Independência é uma das datas mais importantes em nosso calendário nacional. Ele simboliza um momento histórico para o Brasil como nação, lembrando o rompimento com o domínio português e a conquista do direito de tomar decisões próprias sobre política, economia e sociedade.
Mas, com tantos momentos marcantes presentes neste fato histórico, o que fazer para trabalhar o 7 de setembro em sala de aula de uma maneira engajante, dinâmica e até mesmo divertida? No artigo de hoje, trouxemos quatro dicas que vão ajudar você aproveitar ao máximo o mês da independência com seus alunos.
Crie uma linha do tempo interativa com fatos históricos sobre o 7 de setembro
Público: alunos do Ensino Fundamental I e II
Criar uma linha do tempo interativa é uma excelente forma que une dinamismo e diversão. Com ela, seus alunos conseguem visualizar de maneira clara e organizada a sequência dos fatos históricos que levaram à Independência do Brasil, como as Invasões Napoleônicas, a vinda da família real portuguesa, a Revolução do Porto e, por fim, o Grito do Ipiranga - que consolidou o rompimento com Portugal.
Esse projeto pode ser feito em um formato interclasse, com estudantes do Fundamental I e II, dividindo as tarefas da linha do tempo conforme a faixa etária. Os alunos mais velhos, por exemplo, podem fazer a coleta das informações por meio de pesquisas, enquanto os mais novos podem ilustrar cada marco histórico com desenhos, colagens ou pequenas legendas explicativas.
Além de estimular a criatividade, essa prática contribui para a fixação dos conteúdos de forma lúdica e significativa. Ao participar ativamente da construção da linha do tempo, os estudantes deixam de ser apenas receptores de informações e passam a protagonizar a aprendizagem, desenvolvendo não só o entendimento histórico, mas também habilidades de organização, trabalho em grupo e expressão artística.
Faça uma dramatização do Grito da Independência
Público: alunos do Ensino Fundamental I e II
O famoso Grito do Ipiranga, marcante até mesmo em nosso hino nacional, é o principal símbolo da independência do Brasil. E uma excelente maneira de aproveitá-lo é justamente recriando este momento histórico em uma dramatização.
Assim como a linha do tempo, você pode promover um projeto interdisciplinar entre Língua Portuguesa, Artes e História, estimulando os alunos a não apenas escreverem a peça de teatro, como também escalar os atores, dirigir e contracenar. Esta será uma experiência marcante, principalmente entre os mais jovens.
Aliás, as apresentações teatrais são uma ótima pedida para as celebrações de fim de ano, principalmente para dar uma variada nos corais natalinos. Temos um artigo publicado recentemente que traz dicas de peças fáceis para você trabalhar com os alunos do Ensino Fundamental I. Para acessá-lo, basta clicar no link abaixo:
Dicas de peças teatrais fáceis para alunos do EF I
Utilize uma produção coletiva para explorar o Dia da Independência de forma lúdica
Público: Educação Infantil
Mo mês da Independência do Brasil, é essencial valorizar essa data histórica e o peso que ela carrega para todos nós. Na Educação Infantil, no entanto, o caminho não deve ser a memorização de fatos, mas sim a vivência de experiências que deem sentido ao que é “importante” e despertem nas crianças a noção de pertencimento.
Uma sugestão é propor a construção de uma linha do tempo coletiva pelas próprias crianças, a partir dos registros feitos “à maneira delas”. Cada criança pode escolher acontecimentos que considera marcantes em sua vida (um passeio, uma festa de aniversário, o nascimento de um irmão, a chegada de um animal de estimação, etc.).
Esses registros podem ser feitos por meio de desenhos, colagens, fotos enviadas pelas famílias ou até pequenos relatos ditados e escritos pelo professor. Juntos, esses momentos se organizam numa linha do tempo coletiva da turma. Depois, o professor pode conectar essa vivência ao sentido de “datas importantes para todos nós”, introduzindo de forma lúdica o tema da Independência do Brasil. Desta forma, a criança compreende que, assim como ela tem momentos especiais, o nosso país também tem.
Promova um debate crítico conectando 1822 às lutas do Brasil contemporâneo
Público: Ensino Fundamental II
Para fechar o nosso artigo, trazemos uma dica de aula para estimular o pensamento crítico dos alunos que estão na transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. Promover um debate sobre a Independência do Brasil conectando com a atualidade é uma forma de mostrar aos estudantes que o7 de setembro não é apenas um acontecimento do passado.
O professor pode destacar que, se em 1822 a luta era pela libertação do domínio político de Portugal, hoje o Brasil enfrenta novos desafios de independência em diferentes áreas. Exemplos práticos podem ser apresentados, como a busca por independência econômica, para que o país dependa menos de importações, ou pela independência científica e tecnológica, para desenvolver pesquisas, vacinas e inovações próprias, reduzindo a dependência de outros países.
A partir dessa reflexão, é interessante provocar o debate com a pergunta: “De que formas ainda buscamos ser independentes hoje?”. Essa questão estimula os alunos a pensarem criticamente sobre o presente e o futuro, relacionando a ideia de independência com cidadania, inovação e responsabilidade social. O objetivo é que percebam que a independência não é um processo finalizado no século XIX, mas uma construção contínua, que envolve tanto o esforço coletivo do país quanto as pequenas ações de cada cidadão em sua vida cotidiana.
O Oscar 2025, como de praxe nos últimos anos, teve uma disputa muito acirrada no prêmio de melhor animação - vencido pelo belíssimo filme Flow. E a melhor parte é que todas as animações, com exceção de Memórias de um Caracol (voltado para o público adulto), trazem ótimas oportunidades para serem trabalhadas em aula.
No artigo de hoje, vamos apresentar, sem spoilers, um pequeno resumo sobre quatro das animações indicadas ao Oscar, incluindo o vencedor, para qual faixa o filme é indicado e como você pode utilizá-los em sua sala de aula.
Wallace & Gromit: Avengança - criatividade e contato com um “novo” formato de arte
Produzidos em stop-motion, técnica de animação que consiste em criar a ilusão de movimento através da sequência de imagens, os filmes da série Wallace & Gromit, por si só, já são um prato cheio de diversão para as crianças, principalmente as da Educação Infantil. As narrativas são focadas no inventor atrapalhado Wallace e seu fiel e inteligente companheiro, o cachorro Gromit, e sempre surpreendem pela criatividade e pelo característico humor britânico.
Em “Avengança”, a dupla precisa enfrentar um antigo conhecido após uma das invenções de Wallace, como de costume, sair do controle. O filme faz uma crítica sutil e engraçada à dependência tecnológica cada vez maior de nossa sociedade e promete prender a atenção das crianças com a criatividade dos cenários e da engenhosidade das criações do inventor.
Com um cenário cada vez mais marcado por animações feitas em computação gráfica, Wallace & Gromit surge como uma oportunidade de apresentar aos seus alunos um modelo artístico diferente - pouco comum atualmente. E você pode estimular a criatividade das crianças ao propor uma atividade de replicar cenas, invenções ou personagens do filme com massinha de modelar.
O Robô Selvagem - a importância da empatia e tolerância
Adaptação de uma série de livros criadas pelo autor Peter Brown, o Robô Selvagem era apontado por muitos como o favorito à premiação do Oscar de Melhor Animação - não à toa. O filme conta a história de Roz, uma robô inteligente criada para executar qualquer tarefa que acaba naufragada em uma ilha habitada apenas por animais selvagens.
Para sobreviver ao novo ambiente enquanto aguarda o resgate, Roz precisa aprender a se adaptar à flora e fauna da ilha, fazendo amizade com uma raposa e um pequeno ganso órfão. Assim como o filme anterior em nossa lista, Robô Selvagem aborda o tema da tecnologia, desta vez em um conflito com a natureza. Contudo, ele também passa valores importantes, como respeito, empatia, tolerância e a importância em aprender a adaptar-se em ambientes diferentes.
A jornada de Roz para entender e se conectar com os animais da ilha ilustra a importância de se colocar no lugar do outro e respeitar as diferenças. Além disso, a aceitação mútua entre Roz e os animais, apesar de suas naturezas distintas, ressalta a importância da tolerância e da superação de preconceitos. Dessa forma, o Robô Selvagem pode ser utilizado para promover debates sobre pautas importantes como bullying, inclusão e diversidade - especialmente para alunos do Ensino Fundamental na fase de transição dos Anos Iniciais para os Anos Finais.
Divertida Mente 2 - como lidar com as emoções durante a puberdade
Sequência da aclamada animação de 2015, “Divertida Mente 2” pode até não ter conquistado uma estatueta como seu antecessor, mas sua qualidade faz jus à indicação ao Oscar de Melhor Animação. A trama segue a história da protagonista Riley que, desta vez, precisa lidar com a puberdade e o surgimento de novas emoções.
A história acontece durante um acampamento de verão onde a protagonista descobre que suas amigas de longa data vão mudar de escola no próximo ano letivo. Ao mesmo tempo, as emoções de Riley (alegria, tristeza, raiva e medo) precisam lidar com o surgimento de novas companheiras (ansiedade, tédio e timidez) em um conflito pelo comando da vida da personagem.
O filme Divertida Mente 2 pode ser abordado em sala de aula de diferentes maneiras, sendo especialmente indicado a alunos do Ensino Fundamental Anos Finais que compartilham não só a mesma faixa etária, como também os mesmos dilemas da protagonista. Desta forma, é possível debater temas comuns no universo dos adolescentes, como o conceito de identidade e como ela é construída ao longo do tempo, discutir a tomada de decisões e as consequências das ações baseadas em diferentes emoções e explorar as pressões sociais e a busca por pertencimento em grupos.
Flow - superando as diferenças em prol do bem maior
Talvez a grande surpresa do Oscar 2025, o filme Flow conquistou merecidamente o prêmio de melhor animação por apresentar uma narrativa criativa e extremamente tocante, mesmo sem nenhum diálogo verbal entre os protagonistas. Chamado originalmente de Straume (que, em letão, significa fluxo ou corrente), Flow conta a história de animais afetados por uma inundação que atinge uma floresta.
Uma das características mais marcantes no filme é a relação de parceria construída entre os animais de diferentes espécies que tentam sobreviver à enchente. Flow tem potencial para tocar profundamente professores e crianças e, sem deixar spoilers, recomendamos que você fique até o final para assistir à emocionante cena pós-créditos.
Você pode trabalhar de diferentes formas com essa animação em sala de aula. Professores de língua portuguesa e artes, por exemplo, podem abordar como os personagens se comunicam sem palavras, instigando os alunos a analisarem a linguagem corporal, as expressões faciais e os sons emitidos pelos animais para discutir a importância da observação e da escuta ativa para a compreensão mútua.
Também é possível refletir sobre a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro, mesmo sem entender a sua "língua", e debater conceitos como altruísmo, egoísmo, solidariedade e conflito, já que há momentos em que o gato precisa renunciar seus instintos solitários em prol da sobrevivência do grupo.
Já pensou em criar um Clube de Cinema em sua escola?
Atividades como clubes culturais são muito comuns em escolas nos Estados Unidos, França e Japão. Eles surgem como uma excelente ferramenta para promover o contato dos alunos com novas experiências de aprendizado que podem até mesmo servir de inspiração para seguir uma carreira no futuro. Um dos mais populares, que inclusive temos no Colégio Etapa, é o Clube do Cinema, que estimula o contato dos alunos com obras clássicas do cinema, além de promover debates sobre diferentes assuntos.
No episódio 11 do Podcast Educação na Mesa, recebemos o professor de História e Coordenador do clube de cinema do Colégio Etapa, Thomas Wisiak, para debater a importância do cinema como recurso pedagógico. Além disso, trouxemos dicas que vão ajudar você a montar um Clube de Cinema em sua escola. Para conferir o episódio na íntegra, acesse o link abaixo:
Hoje, começa a Semana da Cultura Nordestina - uma data criada para homenagear a rica cultura dos estados e povos presentes nessa região tão importante do nosso país. E, aproveitando a oportunidade, você, professor, também pode embarcar no clima e apresentar essa rica cultura aos seus alunos!
Neste artigo, vamos apresentar mais detalhes da origem da Semana da Cultura Nordestina, qual o seu propósito e dicas de atividades que você pode propor em aula para aproveitar essa importante celebração da cultura nacional.
O que é a Semana da Cultura Nordestina?
A semana da cultura nordestina é celebrada com o intuito de valorizar as ricas manifestações culturais da região nordeste do Brasil. Embora ainda não haja uma lei federa oficial que institua a semana em todo país, a data já é celebrada em diversas cidades e estados, com eventos e atividades que acontecem ao longo de sete dias.
Por que a Semana da Cultura Nordestina começa no dia 2 de agosto?
A data que celebra o início da Semana da Cultura Nordestina coincide com o dia do falecimento do canto, compositor e multi-instrumentista Luiz Gonzaga, uma das figuras mais importantes da música brasileira. Sua vida e obra são um reflexo fiel dos costumes, desafios e belezas do sertão nordestino, e ele foi fundamental na difusão da identidade cultural da região por todo o Brasil.
Apelidado de Rei do Baião, Luiz Gonzaga gravou 627 músicas em 266 álbuns, e acumulou mais de 60 milhões de vendas em discos ao longo de quase 50 anos de carreira, além de deixar um legado marcante de inspiração cultural e musical que influencia artistas brasileiros até os dias atuais.
Como trabalhar a Semana da Cultura Nordestina na sala de aula
A Semana da Cultura Nordestina traz uma oportunidade fantástica para explorar a riqueza e a diversidade dessa região tão importante para a cultura, identidade e economia nacional. A seguir, separamos algumas dicas de atividades que você pode aproveitarpara celebrar essa data em sala de aula.
Literatura de Cordel: Ensino Fundamental - Anos Iniciais e Anos Finais
A literatura de cordel é uma forma de poesia popular caracterizada por rimas que narra histórias em versos de maneira simples e acessível. Ela é uma herança cultural portuguesa, que trouxe ao Brasil uma prática comum em outros países da Europa durante o século XII, onde poetas e escritores vendiam seus trabalhos nas feiras em folhetos de papéis pendurados em varais ou barbantes (daí o nome “cordel”).
As temáticas são variadas, abordando desde lendas e contos populares, feitos heroicos e romances, críticas sociais, eventos históricos e até mesmo notícias do dia a dia, servindo como uma espécie de "jornal" para as comunidades mais afastadas. Muitos artistas brasileiros, como Ariano Suassuna, foram inspirados pela Literatura de Cordel e utilizaram diversas referências em suas obras.
Como você pode trabalhar em aula: você pode organizar uma roda de leitura de literatura de cordel. Explique a estrutura dos versos, as rimas e os temas abordados. Peça para os alunos escolherem seus cordéis favoritos e lerem em voz alta. Para classes mais avançadas, como as do Ensino Fundamental Anos Finais, você pode ensinar a estrutura e até mesmo estimular os alunos a produzirem seus próprios cordéis em sala.
Música e Dança: Ensino Fundamental - Anos Iniciais
A música e a dança são duas características marcantes da cultura nordestina. Muito antes da “pisadinha”, existia uma série de ritmos e estilos diferentes como forró (xote, baião, xaxado), frevo, maracatu e coco de roda, que trazem um pouco dos costumes e características de cada estado.
Como você pode trabalhar em aula: prepare uma playlist com músicas de grandes nomes da música nordestina, como Luiz Gonzaga, Elomar, Xangai, Alceu Valença, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Dominguinhos, Chico Science, Geraldo Azevedo, entre outros. Incentive os alunos a pesquisar sobre a história e o contexto por trás das belas canções destes artistas.
Xilogravura e Cordel Ilustrado: Educação Infantil
A xilogravura é uma técnica milenar de gravura em relevo, onde o artista esculpe um desenho em uma matriz de madeira - como uma espécie de carimbo. O resultado são imagens com traços marcantes, expressivos e um caráter rústico que se tornou uma marca registrada da arte popular, especialmente no Nordeste brasileiro.
Essa técnica encontrou um casamento perfeito com a literatura de cordel, dando origem ao "cordel ilustrado". As xilogravuras servem como as capas e, por vezes, ilustrações internas dos folhetos de cordel, complementando visualmente as narrativas poéticas.
Como trabalhar em aula: Mostre exemplos de xilogravuras (ilustrações típicas dos cordéis) e incentive os alunos a criarem suas próprias, usando carimbos feitos de isopor ou batata, ou simplesmente desenhando. Eles podem criar suas próprias capas de cordel.
Capoeira: Ensino Fundamental - Anos Finais
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que combina elementos de luta, dança, música e teatralidade. Desenvolvida no Brasil por descendentes de escravos africanos, ela surgiu como uma forma de resistência e autodefesa, disfarçada de dança para não despertar a atenção dos senhores de engenho.
Considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a capoeira representa a fusão de diferentes culturas que traduz perfeitamente a pluralidade cultural do Nordeste
Como trabalhar em aula: você pode abordar a capoeira nas aulas de história e explicar como essa arte surgiu no Brasil durante o período da escravidão, sendo uma forma de defesa pessoal e expressão cultural disfarçada de dança, destacando a resiliência e a criatividade dos povos escravizados.
O envolvimento de famílias de alunos, instituições de ensino, empresas e organizações nas escolas traz grandes benefícios para o desenvolvimento educacional. Os projetos multidisciplinares, por exemplo, são fortalecidos pela participação da comunidade. Essa parceria privilegia a coletividade na tomada de decisões e contribui para uma gestão mais democrática de ensino. É uma experiência enriquecedora para os estudantes, que aprendem de forma mais dinâmica e conectada com o mundo real.
Nas situações cotidianas, é necessária a mobilização de diversos conhecimentos simultaneamente. Por isso, a abordagem multidisciplinar é essencial para um aprendizado mais abrangente e compatível com as necessidades de uma vida cada vez mais conectada.
Em projetos multidisciplinares, os estudantes são estimulados a estabelecer relações entre saberes de diversas áreas para a resolução de problemas reais. Além disso, essa ferramenta de ensino ajuda a prepará-los para a realidade acadêmica e profissional.
O engajamento da comunidade é de extrema importância para o sucesso dos projetos multidisciplinares, pois oferece novas perspectivas e recursos para as escolas.
O comprometimento do ETAPA Público com a educação integrada
O Sistema ETAPA Público reconhece o papel dos professores no fortalecimento da educação pública por meio de projetos multidisciplinares.
Um exemplo disso foi o Projeto Professor Destaque, que premiou iniciativas multidisciplinares de professores que inovaram na aprendizagem e engajaram os estudantes em suas escolas. A valorização e o compartilhamento dessas boas práticas são fundamentais para inspirar novos projetos de impacto para a rede pública.
Como colocar em prática a parceria entre a comunidade e as escolas?
A participação ativa da comunidade é indispensável para o sucesso de projetos multidisciplinares. Confira algumas formas de potencializar essa parceria:
Famílias: envolver pais e responsáveis na aprendizagem pode motivar os estudantes e incentivá-los a aplicar os conhecimentos obtidos no seu dia a dia.
Empresas e instituições: empresas e organizações podem oferecer visitas técnicas, mentorias e projetos educacionais, além de informações valiosas sobre o mercado de trabalho.
Universidades: instituições de ensino superior podem organizar visitas e programas de extensão e de pesquisa para as escolas públicas.
Professores e gestores: a atualização constante e o compartilhamento de experiências entre esses profissionais facilitam o desenvolvimento de novas metodologias para inspirar os alunos.
O futuro da educação pública é multidisciplinar
A educação multidisciplinar com o envolvimento da comunidade gera experiências colaborativas e transformadoras, que tornam a aprendizagem mais dinâmica e ajudam a expandir os horizontes dos alunos da rede pública. O Sistema ETAPA valoriza essas iniciativas, pois acredita que o conhecimento integrado e colaborativo seja o caminho para uma educação mais justa e inovadora.
Os projetos multidisciplinares são uma excelente forma de tornar o aprendizado mais dinâmico, relevante e conectado com o mundo real. Eles permitem que os alunos, especialmente em anos mais jovens, vejam como diferentes áreas do conhecimento se complementam, desenvolvendo habilidades críticas, criativas e colaborativas. Se você é gestor, coordenador ou professor de escolas públicas e deseja implementar essa metodologia na sua escola, este guia prático é para você!
1. Escolha do tema
O primeiro passo para implementar um projeto multidisciplinar é definir um tema que seja relevante tanto para o contexto local quanto para o interesse dos alunos. Algumas dicas para essa escolha:
Contexto local: pense em problemas ou oportunidades na sua comunidade. Por exemplo, questões ambientais como a coleta seletiva de lixo ou temas de saúde pública como a prevenção de doenças.
Interesse dos alunos: inclua os alunos na escolha do tema. Quando eles se sentem parte do processo, o engajamento aumenta.
Conexão com a BNCC: verifique se o tema está alinhado com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como a educação ambiental ou o uso da tecnologia.
Exemplo: Um projeto sobre "Reciclagem e Sustentabilidade" pode envolver disciplinas como Ciências, Geografia, Matemática (análise de dados sobre o lixo produzido) e Língua Portuguesa (elaboração de campanhas de conscientização).
2. Planejamento do projeto
Com o tema definido, é hora de planejar:
Defina os objetivos: o que você quer que os alunos aprendam? Quais habilidades devem ser desenvolvidas?
Determine o cronograma: estabeleça um prazo para cada etapa do projeto, desde a pesquisa até a apresentação final.
Forme grupos de trabalho: divida a turma em grupos, garantindo que cada um tenha um papel claro dentro do projeto.
Dica: Use ferramentas digitais como Google Agenda ou Trello para organizar as tarefas e prazos.
3. Integração das disciplinas
Um projeto multidisciplinar eficiente precisa integrar diferentes áreas do conhecimento. Veja como fazer isso:
Reunião com os professores: promova encontros para que os docentes discutam como suas disciplinas podem contribuir para o tema.
Conexões entre as matérias: busque pontos de interseção entre as disciplinas. Por exemplo, um projeto sobre saúde pública pode envolver:
Ciências: estudo das doenças e prevenção.
História: como as epidemias afetaram a sociedade ao longo do tempo.
Matemática: análise estatística de dados de saúde.
Língua Portuguesa: produção de textos informativos ou campanhas de conscientização.
4. Envolvimento da comunidade escolar
Para que o projeto tenha um impacto maior, é essencial envolver a comunidade escolar e o entorno:
Parcerias locais: busque apoio de organizações, órgãos públicos ou empresas da região que possam contribuir com conhecimento ou recursos.
Famílias: incentive os alunos a compartilhar o que estão aprendendo em casa e a envolver seus familiares nas atividades.
Eventos e apresentações: organize feiras ou exposições para que os alunos possam apresentar seus resultados para a comunidade.
Exemplo: um projeto sobre hábitos alimentares saudáveis pode incluir uma parceria com postos de saúde locais ou nutricionistas para palestras.
5. Utilização de recursos locais
Aproveitar os recursos que a própria comunidade oferece é uma forma de enriquecer o projeto:
Ambientes externos: realize visitas a parques, instituições culturais ou empresas locais relacionadas ao tema.
Materiais recicláveis: use materiais simples e de fácil acesso para atividades práticas.
Histórias locais: incorpore a história e cultura da comunidade no projeto, tornando o aprendizado mais significativo.
6. Execução e avaliação do projeto
Com tudo planejado, é hora de colocar o projeto em prática e acompanhar o progresso:
Acompanhamento constante: mantenha o diálogo aberto com os alunos e professores para ajustar o que for necessário.
Autoavaliação dos alunos: incentive os estudantes a refletirem sobre o que estão aprendendo e como estão contribuindo para o projeto.
Avaliação final: além da nota, avalie o desenvolvimento das competências, como trabalho em equipe, pensamento crítico e criatividade.
Dica: Use rubricas de avaliação que considerem não só o resultado final, mas também o processo de aprendizado.
Conclusão
Implementar projetos multidisciplinares em escolas públicas é uma forma poderosa de transformar o ensino, tornando-o mais dinâmico, prático e conectado com a realidade dos alunos. Com planejamento, integração entre disciplinas e envolvimento da comunidade, é possível criar experiências de aprendizado significativas e inspiradoras.
Para os municípios parceiros, o material do Sistema Etapa Público é construído para possibilitar projetos multidisciplinares com facilidade, a metodologia em espiral crescente permite, inclusive, o envolvimento de alunos em anos diferentes no mesmo projeto, já que certos temas são retomados ao longo da vida acadêmica.
Comece pequeno, experimente e ajuste conforme necessário. O importante é dar o primeiro passo e permitir que alunos e professores explorem juntos novas formas de aprender e ensinar!