Menina faz compras em uma papelaria
Categories Educação Financeira
O letramento financeiro no Brasil ainda é um grande desafio. É o que revelam os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros de 15 anos no PISA 2022, avaliação internacional da OCDE realizada a cada três anos. 45% dos avaliados demonstraram dificuldades até para tomar decisões financeiras simples​. Esses dados indicam a necessidade urgente de reforçar a Educação Financeira nas escolas públicas, preparando os estudantes para uma relação mais consciente e segura com o dinheiro.

A Educação Financeira na BNCC 


A BNCC considera a Educação Financeira uma habilidade essencial que deve ser desenvolvida desde a Educação Infantil, de forma interdisciplinar, com abordagens adaptadas a cada faixa etária. 

A obrigatoriedade da inclusão da temática nos currículos e no planejamento pedagógico no ensino básico ocorreu com a Nova BNCC, que entrou em vigor a partir de 2020. Apesar de recente, essa iniciativa atende a uma antiga demanda social, amplificada pela disseminação intensa de informações falsas e equivocadas sobre dinheiro e investimentos e pelo estímulo ao consumo desenfreado. 

Os obstáculos da Educação Financeira na rede pública 


Encontrar materiais didáticos completos e qualificados sobre a Educação Financeira é um desafio para as escolas da rede pública. A maioria dos conteúdos não está conectada à realidade dos alunos e isso acaba gerando um desinteresse em relação ao tema, comprometendo sua autonomia financeira e suas oportunidades na vida adulta. Nesse contexto, um ensino que priorize a prática e que faça sentido para a vivência do estudante pode fazer a diferença no futuro, evitando o descontrole financeiro, erros de investimento e até o endividamento. 

 O material de Educação Financeira do Sistema Etapa Público 


O Sistema Etapa Público oferece materiais didáticos voltados para o letramento financeiro do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com conteúdos conectados a situações da vida real e atividades práticas. Os estudantes são introduzidos à Educação Financeira com noções sobre a origem do dinheiro, orçamento e planejamento de gastos e poupança. Nesse material, é aplicada a metodologia da Espiral Crescente, em que os conceitos apresentados são constantemente retrabalhados e ampliados, facilitando a fixação do conteúdo pelos alunos. 
Conclusão

A Educação Financeira é uma ferramenta essencial para que os estudantes da rede pública se sintam confiantes para tomar decisões mais conscientes ao longo da vida. Afinal, o despreparo financeiro demonstrado pelos jovens no PISA 2022 pode impactar diretamente o futuro deles, dificultando seu acesso a uma vida economicamente equilibrada. O Sistema Etapa Público tem o compromisso de garantir que esse tema seja abordado de forma prática, acessível e alinhada à realidade dos alunos. Acreditamos que, com materiais estruturados e uma abordagem prática, seja possível transformar a sala de aula em um ambiente de aprendizado que prepare os estudantes para desafios financeiros reais, ajudando-os a construir um futuro com mais estabilidade e autonomia.

 
Crianças trabalhando em um jardim
Categories Atividades lúdico Relação família-escola
O envolvimento de famílias de alunos, instituições de ensino, empresas e organizações nas escolas traz grandes benefícios para o desenvolvimento educacional. Os projetos multidisciplinares, por exemplo, são fortalecidos pela participação da comunidade. Essa parceria privilegia a coletividade na tomada de decisões e contribui para uma gestão mais democrática de ensino. É uma experiência enriquecedora para os estudantes, que aprendem de forma mais dinâmica e conectada com o mundo real.   

A importância da abordagem multidisciplinar 


Nas situações cotidianas, é necessária a mobilização de diversos conhecimentos simultaneamente. Por isso, a abordagem multidisciplinar é essencial para um aprendizado mais abrangente e compatível com as necessidades de uma vida cada vez mais conectada

Em projetos multidisciplinares, os estudantes são estimulados a estabelecer relações entre saberes de diversas áreas para a resolução de problemas reais. Além disso, essa ferramenta de ensino ajuda a prepará-los para a realidade acadêmica e profissional.  

O engajamento da comunidade é de extrema importância para o sucesso dos projetos multidisciplinares, pois oferece novas perspectivas e recursos para as escolas. 

O comprometimento do ETAPA Público com a educação integrada


O Sistema ETAPA Público reconhece o papel dos professores no fortalecimento da educação pública por meio de projetos multidisciplinares. 

Um exemplo disso foi o Projeto Professor Destaque, que premiou iniciativas multidisciplinares de professores que inovaram na aprendizagem e engajaram os estudantes em suas escolas. A valorização e o compartilhamento dessas boas práticas são fundamentais para inspirar novos projetos de impacto para a rede pública.

Como colocar em prática a parceria entre a comunidade e as escolas?


A participação ativa da comunidade é indispensável para o sucesso de projetos multidisciplinares. Confira algumas formas de potencializar essa parceria: 

  • Famílias: envolver pais e responsáveis na aprendizagem pode motivar os estudantes e incentivá-los a aplicar os conhecimentos obtidos no seu dia a dia. 

  • Empresas e instituições: empresas e organizações podem oferecer visitas técnicas, mentorias e projetos educacionais, além de informações valiosas sobre o mercado de trabalho.

  • Universidades: instituições de ensino superior podem organizar visitas e programas de extensão e de pesquisa para as escolas públicas.

  • Professores e gestores: a atualização constante e o compartilhamento de experiências entre esses profissionais facilitam o desenvolvimento de novas metodologias para inspirar os alunos.


O futuro da educação pública é multidisciplinar

A educação multidisciplinar com o envolvimento da comunidade gera experiências colaborativas e transformadoras, que tornam a aprendizagem mais dinâmica e ajudam a expandir os horizontes dos alunos da rede pública. O Sistema ETAPA valoriza essas iniciativas, pois acredita que o conhecimento integrado e colaborativo seja o caminho para uma educação mais justa e inovadora. 

 
Crianças pintam em aula de artes.
Categories Atividades
Os projetos multidisciplinares são uma excelente forma de tornar o aprendizado mais dinâmico, relevante e conectado com o mundo real. Eles permitem que os alunos, especialmente em anos mais jovens, vejam como diferentes áreas do conhecimento se complementam, desenvolvendo habilidades críticas, criativas e colaborativas. Se você é gestor, coordenador ou professor de escolas públicas e deseja implementar essa metodologia na sua escola, este guia prático é para você!

1. Escolha do tema


O primeiro passo para implementar um projeto multidisciplinar é definir um tema que seja relevante tanto para o contexto local quanto para o interesse dos alunos. Algumas dicas para essa escolha:

  • Contexto local: pense em problemas ou oportunidades na sua comunidade. Por exemplo, questões ambientais como a coleta seletiva de lixo ou temas de saúde pública como a prevenção de doenças.

  • Interesse dos alunos: inclua os alunos na escolha do tema. Quando eles se sentem parte do processo, o engajamento aumenta.

  • Conexão com a BNCC: verifique se o tema está alinhado com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como a educação ambiental ou o uso da tecnologia.


Exemplo: Um projeto sobre "Reciclagem e Sustentabilidade" pode envolver disciplinas como Ciências, Geografia, Matemática (análise de dados sobre o lixo produzido) e Língua Portuguesa (elaboração de campanhas de conscientização).

2. Planejamento do projeto


Com o tema definido, é hora de planejar:

  • Defina os objetivos: o que você quer que os alunos aprendam? Quais habilidades devem ser desenvolvidas?

  • Determine o cronograma: estabeleça um prazo para cada etapa do projeto, desde a pesquisa até a apresentação final.

  • Forme grupos de trabalho: divida a turma em grupos, garantindo que cada um tenha um papel claro dentro do projeto.


Dica: Use ferramentas digitais como Google Agenda ou Trello para organizar as tarefas e prazos.

3. Integração das disciplinas


Um projeto multidisciplinar eficiente precisa integrar diferentes áreas do conhecimento. Veja como fazer isso:

  • Reunião com os professores: promova encontros para que os docentes discutam como suas disciplinas podem contribuir para o tema.

  • Conexões entre as matérias: busque pontos de interseção entre as disciplinas. Por exemplo, um projeto sobre saúde pública pode envolver:

    • Ciências: estudo das doenças e prevenção.

    • História: como as epidemias afetaram a sociedade ao longo do tempo.

    • Matemática: análise estatística de dados de saúde.

    • Língua Portuguesa: produção de textos informativos ou campanhas de conscientização.




4. Envolvimento da comunidade escolar


Para que o projeto tenha um impacto maior, é essencial envolver a comunidade escolar e o entorno:

  • Parcerias locais: busque apoio de organizações, órgãos públicos ou empresas da região que possam contribuir com conhecimento ou recursos.

  • Famílias: incentive os alunos a compartilhar o que estão aprendendo em casa e a envolver seus familiares nas atividades.

  • Eventos e apresentações: organize feiras ou exposições para que os alunos possam apresentar seus resultados para a comunidade.


Exemplo: um projeto sobre hábitos alimentares saudáveis pode incluir uma parceria com postos de saúde locais ou nutricionistas para palestras.

5. Utilização de recursos locais


Aproveitar os recursos que a própria comunidade oferece é uma forma de enriquecer o projeto:

  • Ambientes externos: realize visitas a parques, instituições culturais ou empresas locais relacionadas ao tema.

  • Materiais recicláveis: use materiais simples e de fácil acesso para atividades práticas.

  • Histórias locais: incorpore a história e cultura da comunidade no projeto, tornando o aprendizado mais significativo.


6. Execução e avaliação do projeto


Com tudo planejado, é hora de colocar o projeto em prática e acompanhar o progresso:

  • Acompanhamento constante: mantenha o diálogo aberto com os alunos e professores para ajustar o que for necessário.

  • Autoavaliação dos alunos: incentive os estudantes a refletirem sobre o que estão aprendendo e como estão contribuindo para o projeto.

  • Avaliação final: além da nota, avalie o desenvolvimento das competências, como trabalho em equipe, pensamento crítico e criatividade.


Dica: Use rubricas de avaliação que considerem não só o resultado final, mas também o processo de aprendizado.

Conclusão


Implementar projetos multidisciplinares em escolas públicas é uma forma poderosa de transformar o ensino, tornando-o mais dinâmico, prático e conectado com a realidade dos alunos. Com planejamento, integração entre disciplinas e envolvimento da comunidade, é possível criar experiências de aprendizado significativas e inspiradoras. 

Para os municípios parceiros, o material do Sistema Etapa Público é construído para possibilitar projetos multidisciplinares com facilidade, a metodologia em espiral crescente permite, inclusive, o envolvimento de alunos em anos diferentes no mesmo projeto, já que certos temas são retomados ao longo da vida acadêmica.

Comece pequeno, experimente e ajuste conforme necessário. O importante é dar o primeiro passo e permitir que alunos e professores explorem juntos novas formas de aprender e ensinar!
Categories Tecnologia
Um novo projeto de lei propõe a proibição do uso de celulares em escolas públicas e privadas, incluindo a hora do recreio e os intervalos entre as aulas, com exceções apenas para finalidades pedagógicas, acessibilidade e saúde. A iniciativa reacende o debate sobre a presença constante dessas tecnologias no ambiente escolar.

Nos últimos anos, o celular tem se tornado uma presença constante na vida de estudantes e professores. Com o avanço da tecnologia, esse dispositivo passou a ser visto como uma ferramenta pedagógica que pode, quando bem utilizada, potencializar o processo de aprendizagem. 

No entanto, o uso do celular em sala de aula ainda é um tema que divide opiniões, especialmente quando consideramos tanto seus benefícios quanto os desafios que ele apresenta.

Os desafios do uso do celular: distração e perda de foco


É preciso reconhecer que o uso do celular em sala de aula pode trazer inúmeras distrações. Notificações de redes sociais, mensagens e outras atividades não relacionadas ao aprendizado desviam a atenção dos alunos, prejudicando a concentração e o rendimento acadêmico. 

Para alguns educadores, a presença constante dos celulares em sala de aula pode dificultar o foco nos conteúdos essenciais, criando um ambiente de dispersão e baixo foco.

Oportunidades pedagógicas: tecnologia como aliada no ensino


O celular também oferece inúmeras possibilidades para a educação. Aplicativos educativos e plataformas de pesquisa podem complementar o conteúdo tradicional, tornando as aulas mais dinâmicas e interativas. A instantaneidade do acesso à informação permite que os alunos explorem temas em tempo real, participando ativamente da construção do conhecimento

Além disso, o uso do celular em sala de aula pode estimular a autonomia, a pesquisa crítica e a colaboração entre estudantes, alinhando-se às necessidades de uma sociedade cada vez mais digital.

Nesse contexto, o desafio para escolas e professores é encontrar um equilíbrio. Definir diretrizes claras para o uso do celular é fundamental para garantir que ele seja uma ferramenta que agrega valor ao processo educativo, sem comprometer a disciplina e o engajamento dos estudantes. 

A conscientização sobre o uso responsável da tecnologia é igualmente importante, tanto para alunos quanto para educadores, que devem refletir sobre como integrar esses dispositivos de maneira a promover um aprendizado significativo.

O celular pode ser tanto um aliado quanto um obstáculo na educação. Cabe às instituições de ensino, em parceria com os professores, construir estratégias que aproveitem o melhor da tecnologia, minimizando seus efeitos negativos. Somente assim será possível preparar os estudantes para o mundo conectado em que vivemos, sem abrir mão de uma educação de qualidade.