Alunas participando de uma aula em sala de aula, estudando para o SAEB 2025, uma avaliação importante para o sistema de ensino público.
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Quem vive a realidade da educação pública conhece bem a relevância do SAEB para avaliar a qualidade do ensino no país. O desafio, porém, é que muitos estudantes não enxergam o peso dessa prova. Como o resultado não interfere diretamente em sua aprovação, é normal que muitos encarem o exame com pouca seriedade.

Isso faz com que, mesmo tendo aprendido os conteúdos ao longo do ano, sua nota não reflita todo o potencial da turma e, como resultado, a escola acaba sendo subavaliada. Mas, como reverter essa situação? No artigo de hoje do blog do Sistema Etapa Público, reunimos dicas práticas para ajudar você, professor, a engajar seus alunos e mostrar a importância de dar o melhor de si no SAEB.

Dicas para estimular a participação dos seus alunos no SAEB


Crie um senso de pertencimento e mostre o impacto do SAEB


Explique aos alunos, em uma linguagem acessível, como o desempenho no SAEB impacta diretamente a escola, a comunidade e o futuro deles. Mostre que uma boa nota pode atrair investimentos, melhorias na infraestrutura e até novos projetos pedagógicos.

É comum que alguns estudantes, especialmente os do 9º ano, questionem a importância da prova, por estarem em fase de transição para o Ensino Médio. Por isso, é fundamental reforçar que o SAEB vai além de uma nota individual: ele representa os avanços da escola e ajuda a identificar pontos que precisam ser fortalecidos em toda a rede de ensino.

Mostre como os resultados positivos impactam o município, atraindo investimentos e melhorias que beneficiarão diretamente os próprios estudantes. Para reforçar, trabalhe essa consciência ao longo do ano utilizando murais ilustrativos, rodas de conversa e vídeos curtos que tornem a importância do exame mais concreta e próxima da realidade dos alunos.

Use embaixadores do SAEB dentro da escola


Muito antes das redes sociais ganharem força, toda escola já contava com aquele aluno naturalmente carismático, que influencia positivamente os colegas e tem facilidade para engajar quem está ao seu redor. Aproveite esse potencial e convide esses estudantes a atuarem como “embaixadores do SAEB”.

Com orientação da equipe pedagógica, eles podem mobilizar a turma, reforçar a importância da prova e ajudar a esclarecer dúvidas de forma próxima e acessível. Essa iniciativa estimula o protagonismo juvenil, fortalece o senso de responsabilidade coletiva e torna a preparação para o SAEB mais participativa e colaborativa.


Aposte em gamificação e desafios semanais


Uma das formas mais eficazes de engajar os alunos na preparação para o SAEB é tornar esse processo mais leve e divertido. A gamificação permite transformar conteúdos cobrados pela avaliação em atividades lúdicas e motivadoras, como quizzes, desafios semanais e jogos educativos. Ferramentas simples, formulários online ou até mesmo fichas impressas com pontuação podem ser utilizados para criar competições saudáveis entre grupos ou turmas, promovendo engajamento sem perder o foco pedagógico.

Além de estimular o raciocínio e a revisão dos conteúdos, essas atividades despertam o interesse dos alunos ao explorar elementos como ranking, recompensas simbólicas e cooperação entre colegas. Com o tempo, a participação cresce de forma espontânea, e os estudantes passam a associar a preparação para o SAEB a um momento dinâmico e prazeroso dentro da rotina escolar. 

Descubra como preparar os seus alunos para o SAEB 2025


Se a sua escola busca formas mais eficazes de mobilizar os estudantes e transformar o SAEB em uma oportunidade de aprendizado e valorização da rede pública, vale a pena conferir orientações práticas que vão muito além do básico. No blog do Sistema Etapa Público, reunimos dicas valiosas para ajudar você, gestor ou professor, a preparar seus alunos para o SAEB 2025, desde o uso pedagógico dos simulados até o engajamento emocional da turma.

Acesse o artigo completo e descubra como sua escola pode se destacar com o suporte de um sistema de ensino que entende os desafios da educação pública e entrega soluções de verdade.

A importância do Fundeb na educação pública


Na última edição do Podcast Educação na Mesa, recebemos os assessores pedagógicos do Sistema Etapa Público, Bárbara Cruvinel e Júlio Mendes, para falar sobre o Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Durante a conversa, foram discutidos assuntos fundamentais para a educação pública, como o papel do Fundeb após a Emenda Constitucional 108/2020, como os recursos são repassados e seus efeitos práticos no cotidiano escolar, entre outros temas que abordaram desafios comuns na gestão educacional pública. Se você deseja refletir sobre os rumos da educação em seu município, clique no link abaixo e acompanhe o episódio na íntegra.

 
Criança lendo um livro em uma biblioteca, promovendo a cultura literária com livros recomendados para estimular o hábito de leitura.
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Estimular a leitura em jovens, especialmente os da faixa do Ensino Fundamental - Anos Finais, é um gigantesco desafio para qualquer professor. Em um mundo onde as crianças estão cada vez mais acostumadas com conteúdos rápidos, mastigados e superficiais, apresentar um livro cheio de palavras, sem figuras, é uma tarefa extremamente difícil - mas, não impossível! 

No artigo de hoje, trouxemos quatro dicas de livros que vão ajudar a estimular a cultura literária nos alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais. Além da literatura, recentemente, divulgamos uma matéria com animações indicadas ao Oscar 2025 que podem ser utilizadas em suas aulas. Para conferir o conteúdo completo, basta clicar no link abaixo:

Extraordinário: um exercício de empatia em uma forte mensagem contra o bullying


Chamado originalmente de “Wonder”, o livro Extraordinário narra a emocionante história de August “Auggie” Pullman, um menino de dez anos que nasceu com a síndrome de Treacher Collins - que causa uma deformidade facial severa. Após anos de educação em casa, Auggie precisa enfrentar o maior desafio de sua vida até então: frequentar o quinto ano em uma escola presencialmente pela primeira vez.

Escrito pela autora R.J. Palácio após ela presenciar uma cena de contato entre seu filho e uma menina com a síndrome de Treacher Collins, o livro mergulha nas dificuldades e preconceitos que Auggie enfrenta por sua aparência em uma narrativa feita sob perspectivas de diferentes personagens. Ele aborda temas importantes e recorrentes na vida de crianças do Ensino Fundamental, como bullying e busca por aceitação.

Por que indicar este livro para alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais?


Apesar de abordar temas delicados, Extraordinário possui uma narrativa cativante contada através uma linguagem acessível. Além disso, a forma como a história é contada, com capítulos curtos e ponto de vista alternados, facilita tanto a leitura quanto a imersão dos jovens leitores na trama. 

O Menino do Pijama Listrado: reflexão sobre as consequências do preconceito


Escrito por John Boyne, o livro “O Menino do Pijama Listrado” narra a história de Bruno, um garoto alemão de família abastada que leva uma vida confortável em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial. Sua rotina muda de forma drástica quando seu pai, um oficial nazista de alta patente, é promovido e a família se muda para uma casa isolada, próxima ao campo de concentração de Auschwitz.

Ao decorrer da história, Bruno encontra Shmuel, um menino judeu da sua idade que está aprisionado no campo. Mesmo com a cerca e realidades completamente diferentes, Bruno e Shmuel desenvolvem uma amizade pura e verdadeira. Ainda que tendo o Holocausto em segundo plano, o livro consegue fazer um contraponto entre a inocência infantil confrontada com a brutalidade da guerra e o genocídio.

Por que indicar este livro para alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais?


O Menino do Pijama Listrado oferece uma primeira abordagem relativamente leve a um dos períodos mais sombrios da história da humanidade. Contado da perspectiva inocente de uma criança, ele torna a complexidade e a crueldade do Holocausto mais acessíveis, sem ser excessivamente gráfico, mas ainda assim impactante.

Além disso, a amizade improvável entre Bruno e Shmuel destaca a irracionalidade do preconceito e do ódio. Através da pureza do olhar infantil, os alunos são levados a questionar as divisões impostas pelos adultos e a refletir sobre as consequências devastadoras da discriminação

Capitães da Areia: representação crua da realidade de muitas crianças no Brasil


Chegou a hora de trazermos uma obra brasileira para a nossa lista! “Capitães da Areia, de Jorge Amado, narra a vida de um grupo de meninos de rua órfãos e abandonados que vivem em um trapiche desocupado no cais de Salvador, na Bahia. Liderados por Pedro Bala, um garoto destemido, os jovens sobrevivem de pequenos furtos, golpes e mendicância nas ruas da cidade.

Ao longo da história, Capitães da Areia apresenta em sua narrativa os desafios diários enfrentados pelos meninos, seus sonhos, suas alegrias e suas dores. Jorge Amado humaniza esses personagens, revelando suas complexidades e como a amizade e a solidariedade se tornam seus pilares de sustentação para a sobrevivência.

Em determinado momento, a trama se aprofunda nos conflitos das crianças com a polícia e a sociedade, mas também aborda o despertar para o amor, a injustiça social e as diferentes escolhas que cada um dos meninos faz ao crescer, traçando seus destinos em uma Salvador vibrante e cheia de contrastes.

Por que indicar este livro para alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais?


Capitães da Areia explora a realidade da infância abandonada e da miséria social no Brasil de forma crua e realista. Ao acompanhar as aventuras das crianças no livro, os alunos são levados a refletir sobre temas delicados como a pobreza, a exclusão social, a violência, a marginalização e a falta de oportunidades, estimulando um senso crítico sobre as desigualdades presentes na sociedade.

Não podemos deixar de dizer também que a obra é um retrato vívido da Bahia dos anos 1930, com suas tradições, crenças populares, festas e o sincretismo religioso. Através da linguagem rica e poética de Jorge Amado, os alunos têm contato com elementos importantes da cultura brasileira, o que enriquece seu repertório cultural e sua compreensão sobre a identidade nacional.

Dom Quixote: atravessando a linha tênue entre loucura e razão


Para finalizar a nossa lista de indicação de livros, trazemos um clássico da literatura mundial: “Dom Quixote de La Mancha”. Escrito por Miguel de Cervantes Saavedra, o livro narra as aventuras de um fidalgo espanhol de meia-idade que, após ler muitos romances de cavalaria, perde o juízo e decide se tornar um cavaleiro andante com a missão de praticar atos de heroísmo em nome de sua dama idealizada - uma simples camponesa elevada à condição de princesa apenas na cabeça do próprio.

A visão distorcida da realidade de “Dom Quixote” o leva a confundir moinhos de vento com gigantes, rebanhos de ovelhas com exércitos inimigos e uma taverna com um castelo. De forma bem humorada, a obra traz críticas aos exageros dos romances de cavalaria e explora temas como a fronteira entre a loucura e a razão, a busca por ideais, a realidade e a ilusão, e a natureza da própria ficção.

Por que indicar este livro para alunos do Ensino Fundamental - Anos Finais?


A história de Dom Quixote é um convite fascinante para explorar a linha tênue entre a realidade e a fantasia. Os alunos são levados a questionar o que é real, o que é percebido e como a imaginação pode moldar nossa visão do mundo. Essa dualidade entre o idealismo de Quixote e o pragmatismo de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, estimula o pensamento crítico e a capacidade de interpretar diferentes perspectivas.

Assim como a literatura, o cinema é uma poderosa ferramenta pedagógica


Da mesma forma que os livros, os filmes também podem ser uma alternativa para incrementar as suas aulas e engajar seus alunos em discussões, reflexões e até mesmo outras atividades relacionadas às mensagens transmitidas nos filmes. Se você quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos que assista ao episódio 11 do nosso Podcast: Educação na Mesa.

Nesta edição, contamos com a presença do professor de História e Coordenador do clube de cinema do Colégio Etapa, Thomas Wisiak, que debateu a importância dos filmes como ferramenta pedagógica, além de dicas para ajudar você a montar um Clube de Cinema em sua escola. Para conferir o episódio na íntegra, acesse o link abaixo:



 
Professora tocando violão em uma sala de aula com crianças pequenas, durante uma atividade pedagógica com música.
Categories Alfabetização e Letramento
A alfabetização é a base que sustenta toda a trajetória acadêmica do estudante. De acordo com a BNCC, uma pessoa alfabetizada não apenas reconhece e reproduz as letras, mas é capaz de compreender os textos e seus contextos de forma global. Para isso, é necessário o desenvolvimento de um conjunto de habilidades cognitivas, linguísticas, emocionais e sociais. A música pode ser uma grande aliada nesse processo, ao mobilizar a memória, a concentração e o ritmo de maneira lúdica.

A música como motivação para os estudos


Ela também pode atuar como um estímulo importante para o aprendizado. Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da UFMG em 2023, que mostrou que crianças e adolescentes obtiveram desempenhos superiores em testes de atenção ao ouvirem música.
Além de favorecer o foco e a organização do pensamento, o recurso musical contribui para o desenvolvimento da consciência fonológica. Ao cantar, marcar o tempo com palmas ou identificar rimas, os alunos praticam a segmentação e a diferenciação de fonemas — competências fundamentais para o domínio da leitura.

No material didático do Sistema Etapa Público, a música é utilizada como um recurso pedagógico em aulas da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental, com canções e atividades rítmicas que despertam o interesse das crianças.

A influência da música na aprendizagem da linguagem


Um estudo conduzido pelo MIT e pela Universidade Normal de Pequim, publicado em junho de 2018, evidenciou que aulas de piano aprimoram a percepção auditiva e a capacidade de diferenciar palavras em crianças, impulsionando o desenvolvimento da linguagem. Essa descoberta reforça que o uso da música pode ter um papel relevante na alfabetização, pois o reconhecimento de sons e padrões auditivos contribui significativamente para o aprendizado da leitura e da escrita.

No Sistema Etapa Público, a alfabetização musicada é uma abordagem pedagógica eficiente no processo de ensino-aprendizagem. Com uma curadoria musical pensada para cada etapa, os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental aprendem a ler e a escrever de forma divertida. Cada melodia reforça as sílabas trabalhadas em sala de aula, facilitando a conexão entre o som e a escrita.

Essa metodologia fortalece a consciência fonológica, a habilidade de identificar e manipular os sons da fala, e contribui diretamente para que os estudantes compreendam a relação entre fonema e grafema, essencial para a fluência leitora.

Conclusão
A música é uma aliada poderosa no processo de alfabetização: estimula a atenção, ativa a memória e fortalece o desenvolvimento da linguagem. No Sistema Etapa, ela é utilizada de forma intencional para engajar as crianças da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa.