avaliações

Nas últimas postagens conhecemos as principais avaliações externas aplicadas nas escolas, mas sempre fica a dúvida: qual é a importância dessas avaliações para minha escola? Quais são seus benefícios práticos?

É importante termos em mente que a avaliação não existe para punir ou premiar. Se um estudante tira nota baixa em português ou matemática, vamos rotular esse estudante como ruim nessas matérias ou vamos ajudá-lo a estudar, a mudar sua maneira de ver essas matérias, de modo que possa dominá-las? A avaliação das escolas deixa no ar essa mesma escolha.

Vamos nos conformar com o resultado ou vamos usá-lo para a melhoria? Certamente é a segunda opção. Mais do que isso, o processo de avaliações começa antes delas, com um planejamento do que a escola deseja, pois as avaliações externas precisam estar ligadas às avaliações internas: o que a escola pretende atingir?

O que a escola busca com as avaliações?

Vamos começar analisando nosso entorno e as necessidades ou desejos de nossos alunos, e isso é verdade para escolas públicas ou particulares. Se não sabemos o que se espera de nós, qualquer ação vale, e toda ação pode ser inútil. Então, considerando nossa escola hoje, vamos analisar em que somos melhores que a maioria e em que somos piores, e a importância desses pontos para nossos pais e alunos.

Com base nesses dados qualitativos, vamos utilizar as avaliações externas como resultados quantitativos, que serão comparados com nossa percepção de desempenho. É essencial adotar referenciais para avaliar se os resultados são positivos ou negativos. Esse referencial pode ser uma média dos exames, as notas estimadas da concorrência mais próxima ou nossos próprios resultados em exames anteriores.

Vale então verificar o alinhamento dos professores às expectativas de aprendizagem e às metodologias adotadas pela escola, articulando o que e como o aluno quer aprender com o que e como o professor quer ensinar.

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Como trabalhar os resultados das avaliações?

De posse dos resultados, vamos levá-los para a discussão da escola, envolvendo direção, coordenação e docentes, de modo a se entender quais são as conjunturas que produzem esses resultados e as ações a tomar a partir delas. Nesse processo, é importante traduzir os indicadores oficiais em informações que sejam bem compreendidos pelos professores e até mesmo, quando for o caso, pelos pais.

Caso a escola não tenha ainda indicadores de avaliações e metas de resultados, esse é o momento de criá-los, alinhando-os às ações a serem tomadas para que sejam atingidos. Informações equivocadas, como o impacto dos estudantes deficientes, devem ser esclarecidas e corrigidas, uma vez que os resultados desses alunos, quando identificados e comprovados por laudo, não comporão a média da escola. Após essa etapa de análise, passa-se aos planos de ação, que servirão às metas estabelecidas para a próxima avaliação.

Resta então à escola a necessidade de comunicar a seus públicos interno e externo o significado dos resultados quantitativos da avaliação, paralelamente aos qualitativos, de modo a obter apoio às ações da escola. É com base nessa comunicação, clara e efetiva, que uma escola pode reter seus estudantes, motivar os professores, solicitar verbas para investimento, implementar planos de formação docente e mostrar seu compromisso com resultados educacionais globais.

No período entre uma avaliação e outra, as ações propostas devem ser executadas rigorosamente nas datas especificadas. Deve-se separar as ações dependentes de ações externas, como verbas públicas e outros investimentos, das ações internas, que só dependem da equipe da escola, de modo que uma falha nos fatores externos não inviabilize a evolução da instituição. Na avaliação seguinte, o processo será mais simples, pois haverá indicadores claros dos resultados, de modo a se refazerem as análises e se definirem novas ações.

O resultado desse processo será a melhoria contínua da escola, beneficiando todos os seus membros, oferecendo um valor cada vez maior à sociedade e perseguindo a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.

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