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Vamos imaginar as aulas e o ano letivo como uma viagem, férias significam uma parada mais demorada, porém seu retorno exige uma revisão do roteiro: onde estamos? Qual o percurso que falta? Onde queremos chegar?

Existem paradas obrigatórias, estações necessárias e rotas alternativas para caso de emergências. Toda viagem requer uma cordialidade com quem a conduz, e no caso quem conduzirá essa, serão vocês professores.

Acolher e recomeçar são estações obrigatórias no percurso do retorno às aulas. O retorno afetivo envolve detalhes cuidadosos que irão influenciar no engajamento das crianças e adolescentes. Que tal planejar esse retorno com a ideia de uma viagem.

O que é necessário para uma viagem de volta às aulas?

Para que a viagem seja um sucesso, é preciso pensar em algumas ações fundamentais, por exemplo:

  • Levantar os lugares que você quer visitar;
  • Planejar o roteiro;
  • Investigar a própria viagem-prática usada até o momento;
  • Elaborar perguntas interessantes e provocativas para o roteiro.

Além de tudo isso, é importante fazer com que as crianças se sintam acolhidas e envolvidas com o roteiro do segundo semestre de aulas que será iniciado. O ato de provocar rotas alternativas é o que ajudará nas leituras diversas, no interesse nas pesquisas e nos temas essenciais para assimilação

Procurem criar momentos de interação com sua turma, relembrem os combinados de uma viagem, o bom funcionamento da sala, a divisão de tarefas e ajudantes do mês. O importante para o retorno é que elas se sintam pertencentes à sala.

Inventando um novo roteiro

Já que vamos viajar, o essencial é a observação e investigação. Peçam que as crianças sugiram: Vocês estão reiniciando a viagem, da série X, com os colegas X, Y, Z. Olhem quem está ao seu lado, familiarize-se com ele.

Apertem os cintos, revejam suas bagagens (férias, momentos prazerosos e o reencontro com a rotina e suas obrigações). O que fica agora de lado? A viagem vai começar… os próximos meses farão parte do roteiro.

Construindo uma “bússola”

Uma “bussola” simbólica para orientação dos “novos tempos”. Saber onde se está e onde queremos chegar. Quem estará nessa viagem? Provoquem um olhar para dentro: de onde venho e onde estou hoje?

Olhem com atenção para seus colegas, olhem com tempo para cada detalhe e tracem caminhos (pode ser em forma de desenhos, bilhetes, cartas…). O processo criativo é essencial para o planejamento. A “bússola”, pode ser essa referência do semestre.

Recalculando a rota

Além de tudo o que foi dito, é importante seguir alguns passos para que a nova rota seja a melhor possível:

  • Apresente às crianças os funcionários novos (que irão embarcar nessa viagem);
  • Faça rodas de conversas – onde as crianças possam compartilhar momentos;
  • Defina quais rotas foram traçadas com a família (lugares visitados) nas férias;
  • Participe com sua rota também (elas adoram escutar experiências);
  • Deixem a atividade exposta no mural da sala durante as aulas.

O planejamento é a bussola do processo de ensino-aprendizagem. Lembrem-se de que há rotas alternativas para aquelas crianças com mais dificuldades. Consultem o material de apoio fornecido pelo ETAPA Público, lá existem várias rotas “alternativas” pensadas e mostradas para o seu percurso atual.

O percurso, deve ser registrado em um “passaporte do tempo”, uma espécie de caderno pessoal do seu trabalho, onde você registra suas observações diárias como avanços, retrocessos, comportamentos, estratégias e hipóteses, só assim será possível reajustar a rota pedagógica.

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E agora, as paradas obrigatórias na volta às aulas

Antes da volta às aulas, é importante que vocês confiram o calendário escolar do semestre, assinalem as datas comemorativas e momentos específicos; Leiam entrevistas, artigos e dicas aqui no blog do ETAPA Público – há muito material de qualidade disponível.

Além disso, revejam a intencionalidade de cada atividade proposta e se tais atividades irão contribuir para se chegar aonde querem. Façam um inventário cuidadosos das necessidades atuais da sua turma.

E por fim, apreciem e compartilhem sua viagem com seus colegas e gestores. Qual é o seu percurso para ressignificar o seu compromisso com seu trabalho e com as aulas? É nas infinitas possibilidades de roteiros que há possibilidades de aprendizagens.

Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro”. Rubem Alves

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