Como educadores, nosso compromisso não é com a função de ensinar, mas com o processo de aprender. Afinal, é só a partir dos resultados dos estudantes que podemos avaliar o sucesso ou fracasso de nosso trabalho. Queremos que os estudantes desenvolvam conhecimentos e habilidades que os ajudem em seu aprendizado e vida profissional futuros. No entanto, há situações em que não estamos tão certos das razões para uma criança aprender, e mais, para que retenha esse aprendizado e seja capaz de utilizá-lo. Felizmente, as muitas suposições que havia sobre o processo de aprendizagem podem hoje ser confrontadas com a realidade científica, como resultado do estudo do cérebro, a neurociência.
1. O que são metodologias ativas?
Estamos preocupados com as exigências para a educação no futuro, no entanto, esquecemos de olhar a nossa volta e reconhecer que não estamos atendendo às necessidades dos estudantes de hoje. Exceto por uma pequena parcela que busca carreira acadêmica, o objetivo dos estudantes é a empregabilidade. Será que estamos garantindo ou mesmo ajudando nesse sentido, com metodologias ativas de aprendizagem que de fato entreguem o esperado?
Entre conversas e estudos, os encontros organizados pelo Sistema Etapa foram desenhando-se como uma trajetória possível para aprimorarmos nossa saúde emocional e desenvolvermos, de forma mais saudável, nossas habilidades socioemocionais.
Nosso ponto de partida é o momento educacional, no âmbito da COVID-19 e do distanciamento social, o que nos convoca ao esvaziamento de certezas e nos coloca, tanto no campo pessoal como no profissional, diante da busca de soluções criativas.
Por que a escuta ativa é importante no acolhimento emocional? Ouvir ou escutar?
Ouvir está mais ligado aos sentidos da audição, ao próprio ouvido, ou seja, perceber pelo sentido do ouvido. Já o ato da escuta, significa prestar atenção para ouvir, dar atenção a outra pessoa. O ouvir é mais superficial do que o escutar. Para escutar, é necessário habilidades mais específicas, como por exemplo, destinar a atenção ao outro. Requer, assim, ouvidos mais apurados, atentos ao que o outro fala. É acolher as emoções de quem apresenta um problema. Escutar implica em ouvir, mas quem ouve não necessariamente escuta.