Como sabemos, o estudo da neurociência nos permitiu entender como funciona o cérebro, como ele aprende e as razões para problemas de aprendizagem. Com isso, foi possível distinguir quando esses problemas têm origem externa — portanto com causas que podem ser combatidas — ou internas, portanto inerentes ao indivíduo.
Como educadores, nosso compromisso não é com a função de ensinar, mas com o processo de aprender. Afinal, é só a partir dos resultados dos estudantes que podemos avaliar o sucesso ou fracasso de nosso trabalho. Queremos que os estudantes desenvolvam conhecimentos e habilidades que os ajudem em seu aprendizado e vida profissional futuros. No entanto, há situações em que não estamos tão certos das razões para uma criança aprender, e mais, para que retenha esse aprendizado e seja capaz de utilizá-lo. Felizmente, as muitas suposições que havia sobre o processo de aprendizagem podem hoje ser confrontadas com a realidade científica, como resultado do estudo do cérebro, a neurociência.
1. O que são metodologias ativas?
Estamos preocupados com as exigências para a educação no futuro, no entanto, esquecemos de olhar a nossa volta e reconhecer que não estamos atendendo às necessidades dos estudantes de hoje. Exceto por uma pequena parcela que busca carreira acadêmica, o objetivo dos estudantes é a empregabilidade. Será que estamos garantindo ou mesmo ajudando nesse sentido, com metodologias ativas de aprendizagem que de fato entreguem o esperado?
Entre conversas e estudos, os encontros organizados pelo Sistema Etapa foram desenhando-se como uma trajetória possível para aprimorarmos nossa saúde emocional e desenvolvermos, de forma mais saudável, nossas habilidades socioemocionais.
Nosso ponto de partida é o momento educacional, no âmbito da COVID-19 e do distanciamento social, o que nos convoca ao esvaziamento de certezas e nos coloca, tanto no campo pessoal como no profissional, diante da busca de soluções criativas.