Quando pensamos na contribuição da tecnologia para a alfabetização e o letramento temos que lembrar das diferenças fundamentais entre esses dois objetivos de aprendizagem: a alfabetização é aprender as letras, seus sons e como combiná-los, ou seja, as habilidades básicas de leitura e escrita. Já o letramento é a capacidade de usar e de compreender o idioma nos mais diversos contextos sociais.
Em dados de 2019, o Brasil tem 11 milhões de analfabetos com idade de 15 anos ou mais. São milhões de pessoas com dificuldades para exercer profissões que exijam mais do que capacidade braçal. No entanto, mesmo entre os que passaram pela alfabetização existem os chamados “analfabetos funcionais”, ou seja, pessoas que, embora conheçam as letras, são incapazes de compreender textos simples.
Temos falado muito aqui sobre a recomposição da aprendizagem, mas sempre é bom apresentarmos algumas orientações mais práticas, para que a aplicação seja mais segura. Seguem então seis dicas para o desenvolvimento de seu plano de recomposição.
O retorno às aulas presenciais em 2022 nas escolas públicas e particulares de educação básica de todo o país deixou inquestionável para a comunidade escolar o grande desafio de recuperar o conteúdo pedagógico não assimilado pelos estudantes. Isso ficou ainda mais evidente ao pensamos nas crianças da educação básica (entre 5 e 9 anos) que, de acordo com diversas pesquisas realizadas no pós-pandemia, foram as mais prejudicadas e as que mais se ausentaram das salas de aula.
A comparação mais próxima entre reforço e recomposição de aprendizagem é enxugar a varanda por causa de uma chuva e reconstruir o telhado depois de um furacão. Não podemos esquecer de que passamos, com a pandemia de Covid-19, por uma calamidade pública que nos deixou com uma catástrofe educacional. Esperamos que isso nunca mais aconteça, mas aconteceu, e temos de responder à altura do prejuízo.